abril 23, 2009

Busque Amor





Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

"Como podemos diante das dores do amor viver querendo amar mais?
Parece que levamos no bolso uma segurança que nos embaraça a verdade, todavia que prazer maior há que sentir que está completamente entregue aos desejos do outro. Daí é só sofrer a ausência do amor, seu silêncio e até mesmo a sua presença. Assim, não vivemos o amor , porque estamos sempre esperando morrer de amores

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